Você é o que você elimina

Como fui uma menininha criada com o intestino preso, dou a maior importância para o momento de fazer cocô. Durante vários anos, eu morria de medo de ir ao banheiro, fazendo os temas do colégio em cima da cama, totalmente contraída, com as costas curvadas como estou até hoje, porque minha família jamais falou em fibras e em água. Só descobri que o intestino podia ser uma coisa boa, quando em férias na casa de uma prima, ela percebeu que depois de 3 dias sentada na cama, indo no banheiro só para fazer pouco xixi, seria muito importante me dar um laxante, o que, explosivamente, mudou a minha vida. Depois deste momento, ao descobrir que a saída da massa fecal pelo reto podia ser algo menos doloroso e às vezes muito prazeroso, comecei a ter vontade de evacuar. Não sou só eu que me interesso pelo assunto. Dois norte-americanos (Richmann, Josh and Sheth, Anish) lançaram um livro totalmente dedicado ao tema, com uma visão saudável e humorística. Assuntos instigantes como: comidas que não são processsadas pelo intestino como o milho, pessoas que não puxam a descarga, diarréias, cocôs que não descem, que bóiam, que deixam marcas no vaso, gases que saem líquidos, cores e formatos, alimentos apimentados, álcool, enemas, colonoscopias, a evacuação no pós-parto e nos  recém-nascidos. Quem  fecha a porta para o ato e quem compartilha. Pessoas que têm sempre o mesmo horário. A graça de fazer ao ar livre. O assunto é também um tema importantíssimo na política e no meio ambiente. Os reis e presidentes têm seu espaço no livro. Desde Luis XIV, que fez um trono/privada onde atendia seus súditos defecando e resolvendo questões políticas sem perder tempo. Como sempre, os Estados Unidos chegaram ao ápice no assunto. Como a CIA já tinha estudado as fezes de Gorbachev e de um presidente sírio para descobrir o que comiam e quais seus hábitos diários, quando em viagens, as fezes de  George W. Bush eram coletadas  para não chegarem à análise por supostos inimigos. Agora ninguém deve mais se interessar pelas fezes do Bush e o must vai ser as do Obama. Já no campo da saúde e da ecologia, a Índia e países do oriente estão muito avançados em reaproveitamento, usando esterco na construção de suas casas e como combustível. Todos os dejetos das vacas, dos elefantes e dos camelos  são recolhidos e secos para uso posterior. Na medicina ocidental, já existe o transplante de fezes de um intestino para o outro para pacientes com colite profunda.

Dados interessantes: O ser humando "normal" para os médicos evacua no máximo  3 vezes ao dia e no mínimo 3 vezes por semana, enquanto os coelhos podem produzir até 500 bolinhas por dia . As fezes são compostas de muita água, fibras não digestivas, muitas bactérias, células mortas e muco. O homem emite gases em média 10 vezes ao dia, muitos deles durante o sono,  e expele  450 gramas diárias de matéria fecal. Quem toma anitibiótico tem que comer yogurte para compensar a morte das bactérias. Vou parar porque o assunto me deu vontade de ir ao banheiro.

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