Sou empresária-pessoa-jurídica desde 87, do tipo que paga sempre as contas em dias, impostos, funcionários, etc. Poderia ser mais agressiva financeiramente, mas não faço empréstimos que não possa pagar, falcatruas, ou qualquer coisa de que me arrependa depois e que tire meu precioso sono à noite. Mas o mundo nem sempre é favorável a este tipo de conduta, principalmente no Brasil. Por exemplo: aqui o governo pode te ferrar, quando tu menos espera.
A nossa confusa contadora, na época do primeiro simples em que fomos enquadrados, não percebeu que havíamos estourado o limite de nossa faixa, pagando impostos por dois anos pelo regime tributário errado. Ano retrasado, o governo resolveu cobrar por este erro, com juros de banco privado, o que deu uma violenta sacudida em nossa empresa e na de várias pequenas companhias de nosso setor. Quando recebemos a primeira informação do montante, nosso novo contador achou que não devíamos sair pagando o total da dívida porque normalmente era concedida uma anistia parcial para este tipo de situação. Começamos a pagar um parcelamento para ter "positiva com efeito de negativa". A anistia nunca veio e quando o total foi consolidado, a dívida foi parcelada em onze anos.
Em 2008, todas as micro e pequenas empresas foram agraciadas com o super-simples, que no nosso caso baixou do presumido de 16% que pagávamos, para um simples de aproximadamente 8%. Estávamos satisfeitos e achando que isto era uma espécie de compensação pela penalidade da leonina dívida. Também a burocracia havia melhorado muito, pois ao invés de pagarmos cinco diferentes guias de impostos pelo presumido, ficamos concentrados em uma única guia.
Agora em 2009, quando eu ainda sigo esperando a anistia e o recálculo solicitado do total, recebo uma carta do contador falando em "fator R", cálculo de número de funcionários, anexo 4 para anexo 5, o raio que parta, só para no final dizer que dos 8% que estávamos pagando, vamos pagar 17%. Ou também podemos optar de novo pelo chatíssimo presumido e ficar calculando cada vez quanto vai dar o total. Em suma, salve-se quem puder. Tem que ter muita disposição para administrar uma empresa de produção audiovisual no Brasil.
A série musical em sete episódios “Um ano em Vortex” estreia no proximo dia 29 de novembro, na Cuboplay. Na noite anterior, um show histórico, com as sete bandas da série, acontece no bar Ocidente (ingressos à venda no Sympla).
Sessão única de A Nuvem Rosa em Londres! 14 de novembro, com debate com a diretora Iuli Gerbase. Tickets à venda no insta do @cine.brazil
Filmada em 2021, ainda sob os efeitos da pandemia e cumprindo rigorosos protocolos de saúde, a série em 10 episódios “Centro Liberdade” começa a ser exibida pela TV Brasil no próximo dia 19 de julho. Resultado do edital “TVs Públicas”, a série foi escrita e dirigida por Bruno Carvalho, Cleverton Borges e Livia Ruas, com […]
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