Hoje, com menos efeitos especiais, a diária foi bem mais tranquila. Começamos com Zé Victor Castiel, ator experiente, com longa folha de serviços prestados ao teatro gaúcho, em especial à comédia, mas que também faz cinema e TV. E muito bem. Trabalhei com ele num especial da Rede Globo chamado “O comprador de fazendas”, e, bem mais recentemente, nos vídeos que fizemos para a exposição “Moacyr Scliar, o centauro do Bom Fim”. Em BIO, ele tem um papel bem importante, pois, como médico e vizinho, ajuda nosso heroi a enfrentar um grande problema emocional, já no começo de sua velhice. O Zé Victor tirou de letra.
À tarde, foi a vez de Enzo Petry. Treze anos, magrinho, com um corte de cabelo bem “malandro” para o período em que se passa sua cena (1969), Enzo lidou com vários diálogos difíceis, que tratam de educação sexual, confissão e conflitos escolares. Como se não bastasse, ainda improvisou algumas falas bacanas. Enzo sabia todo o texto de cor e teve capacidade para experimentar pequenas variações durante a filmagem.
Como a Iuli Gerbase, minha assistente de direção (na foto, ao lado do esqueleto de chimpanzé), participou decisivamente da seleção do elenco infantil e dos ensaios do Enzo, dividimos a direção da cena. Eu comecei, com o enquadramento mais aberto, e ela terminou, com o enquadramento mais fechado. A Iuli tem grande sensibilidade para lidar com crianças e adolescentes e pretende continuar investindo em trabalhos com essas faixas etárias numa série de TV.
Pra não dizer que faltaram momentos de emoção no set, hoje tivemos um combate de vida ou morte contra algumas moscas, que insistiam em entrar em quadro e estragar nossas tomadas. O Victor, em grande performance do ponto de vista estético (ver foto), mas totalmente infrutífera do ponto de vista prático, pegou uma raquete elétrica e perseguiu os insetos por alguns minutos. Depois de seu imenso fracasso como Exterminador do Futuro (a cena se passa em 2024), aposentou-se e voltou a seu brilhante papel na direção de arte. As moscas só foram vencidas um pouco mais tarde, com uso de um inseticida absolutamente contemporâneo.
BIO está sua reta final. Faltam apenas três diárias. No sábado, se os deuses do cinema nos ajudarem, terminamos essa fase. Já estamos com o estúdio mais vazio, com a retirada de muitos materiais cenográficos. Amanhã, contudo, temos um desafio grande, pois estão previstas três entrevistas, todas num mesmo cenário, que começará a ser montado às 6 horas da manhã.
A série musical em sete episódios “Um ano em Vortex” estreia no proximo dia 29 de novembro, na Cuboplay. Na noite anterior, um show histórico, com as sete bandas da série, acontece no bar Ocidente (ingressos à venda no Sympla).
Sessão única de A Nuvem Rosa em Londres! 14 de novembro, com debate com a diretora Iuli Gerbase. Tickets à venda no insta do @cine.brazil
Filmada em 2021, ainda sob os efeitos da pandemia e cumprindo rigorosos protocolos de saúde, a série em 10 episódios “Centro Liberdade” começa a ser exibida pela TV Brasil no próximo dia 19 de julho. Resultado do edital “TVs Públicas”, a série foi escrita e dirigida por Bruno Carvalho, Cleverton Borges e Livia Ruas, com […]
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