As estatísticas, as feministas e, na verdade, qualquer pessoa com razoável conhecimento do meio, sabe que o cinema (e a indústria audiovisual como um todo) é um território ainda bastante machista. Os homens estão no comando das grandes produtoras; a grande maioria dos diretores, roteiristas e técnicos do primeiro escalão são homens; e os salários para funções iguais tendem a privilegiar os profissionais masculinos. Isso sem falar na teoria de que os filmes são feitos pensando nos cérebros dos espectadores homens, o que leva a uma perspectiva distorcida da sociedade. Temos que fazer força, homens e mulheres, pra equilibrar mais essas coisas.
Contudo, como vocês podem ver nas duas primeiras fotos deste post, em BIO a produção está inteiramente na mão das mulheres. Da produção executiva às assistentes de base, o poder feminino é absoluto. Na primeira imagem, vemos Luísa Adegas (assistência de direção de producão), Marília Garske (direção de produção), Iami Gerbase (produção de elenco) e Luciana Tomasi (produção e produção executiva). Na segunda, Daniela Monteiro (assistência de base), Nara Rodrigues (assistência de base), Patrícia Barbieri (assistência de produção executiva) e Maristela Ribeiro (assistência financeira). Ainda temos a Gabriela Kohek (assistência de base), que não está nas fotos. Sem elas, BIO ficaria eternamente no reino das ideias e dos conceitos. Com elas, transforma-se a cada diária em algo concreto e capaz de, num futuro próximo, chegar ao público. Obrigado, meninas. Nós, homens, sabemos que vocês são muito melhores do que a gente, inclusive no cinema.
A diária de ontem (sim, escrevo atrasado pela primeira vez, desculpe) foi a mais difícil até aqui. Basicamente por questões técnicas. O roteiro pedia que as duas entrevistas, com a atriz Giulia Góes e o ator Guilherme Cury, acontecessem dentro de táxis, no inverno de Nova Iorque, e o departamento de arte queria neve. No entanto, estávamos em pleno verão de Porto Alegre, com 35 graus fora do estúdio e um sol de rachar. Portanto, começamos bem cedo a trabalhar pra fabricar essa grande mentira. É aí que o cinema mostra seu poder. Levamos um carro pra dentro do estúdio, tínhamos um projetor e uma máquina de neve. O resto conto um dia, com mais, calma, pois daqui a trinta minutos tenho que voltar pro set. Creio que as fotos, hoje em número maior, são bem eloquentes e informativas. Nova Iorque é uma grande cidade, onde às vezes se passa muito frio. Espero que tenhamos conseguido reproduzi-la com beleza e dignidade, mesmo sair do bairro Medianeira.
A série musical em sete episódios “Um ano em Vortex” estreia no proximo dia 29 de novembro, na Cuboplay. Na noite anterior, um show histórico, com as sete bandas da série, acontece no bar Ocidente (ingressos à venda no Sympla).
Sessão única de A Nuvem Rosa em Londres! 14 de novembro, com debate com a diretora Iuli Gerbase. Tickets à venda no insta do @cine.brazil
Filmada em 2021, ainda sob os efeitos da pandemia e cumprindo rigorosos protocolos de saúde, a série em 10 episódios “Centro Liberdade” começa a ser exibida pela TV Brasil no próximo dia 19 de julho. Resultado do edital “TVs Públicas”, a série foi escrita e dirigida por Bruno Carvalho, Cleverton Borges e Livia Ruas, com […]
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