Um cheiro diferente estava no ar em nosso estúdio durante todo o dia, resultado de cinco fardos de feno usados nos cenários da área de serviço de um zoológico, onde Felipe de Paula e Luiza Ollé deram suas entrevistas. Felipe, em BIO, é um estudante de doutorado de Biologia, com uma pesquisa sobre o comportamento de chimpanzés em cativeiro. Luiza é uma tratadora de animais, sem qualquer formação acadêmica, mas bastante experiente quanto à observação de primatas. Ela tem um papel importante numa descoberta que afeta de forma dramática a vida de nosso heroi, que aliás, por mais que a gente espere, não aparece no estúdio.
Eu já filmei com o Felipe algumas vezes. Na primeira vez, lá por 2003, ele estava num curta dos alunos de jornalismo da FAMECOS, interpretando um sujeito completamente inapto nas relações pessoais. Devia ter uns vinte e poucos anos, mas já demonstrava uma veia cômica fantástica. Em “3 Efes” (2007), fez um fotógrafo que se apaixona por uma prostituta. Hoje, além de desempenhar seu papel com a elegância de sempre, ainda nos fez rir com suas imitações de Nelson Diniz, outro grande ator gaúcho, que está sempre na minha lista de “preferidos” e com quem tive o prazer de fazer “Tolerância” (2000) e “Sal de prata” (2005). Com a Luiza, foi minha primeira vez. Ela criou um personagem interessante, que se diferencia da turma dos acadêmicos, sempre mais sisudos, por sua espontaneidade, talvez reflexo de sua intimidade com animais selvagens, guiados por seus instintos básicos. Rimos e nos emocionamos com ela.
Hoje é dia de homenagear a turma “da pesada” ou “a graxa”. Eles são os cineastas que fazem o filme acontecer, mas nunca saem no jornal. Às vezes têm currículos muito mais extensos que o diretor ou o produtor, mas, com absoluta simplicidade, executam suas tarefas essenciais e permitem que os “autores” criem suas mágicas. São chefes-eletricistas (como Cléber Kuhn, bem à frente, no centro da foto), produtores de set (como Marcelo Tchaca, à esquerda do Cleber), maquinistas (como Anderson Dias, à direita do Cleber), eletricistas (como Felipe Kuhn, bem à direita), assistentes de set (como Jamerson Porto, que não está na foto e depois vai ganhar uma foto exclusiva, e o Douglas, bem à esquerda). Agradeço a eles por sua atenção e permanente boa vontade. Sem a pesada, não tem set, não tem filme, não tem nada!
A série musical em sete episódios “Um ano em Vortex” estreia no proximo dia 29 de novembro, na Cuboplay. Na noite anterior, um show histórico, com as sete bandas da série, acontece no bar Ocidente (ingressos à venda no Sympla).
Sessão única de A Nuvem Rosa em Londres! 14 de novembro, com debate com a diretora Iuli Gerbase. Tickets à venda no insta do @cine.brazil
Filmada em 2021, ainda sob os efeitos da pandemia e cumprindo rigorosos protocolos de saúde, a série em 10 episódios “Centro Liberdade” começa a ser exibida pela TV Brasil no próximo dia 19 de julho. Resultado do edital “TVs Públicas”, a série foi escrita e dirigida por Bruno Carvalho, Cleverton Borges e Livia Ruas, com […]
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